Rachel Aviv, aclamada jornalista, nos conduz por seis trajetórias de pessoas que enfrentaram transtornos mentais complexos, com o objetivo de investigar como diferentes culturas, histórias de vida e diagnósticos moldam — e às vezes distorcem — a forma como entendemos a nós mesmos.
Entrelaçando essas narrativas com sua própria experiência — ela foi internada aos seis anos por anorexia —, Aviv mostra como os diagnósticos podem funcionar tanto como alívio quanto como prisão: oferecem sentido, mas também impõem limites.
Com apuro investigativo e sensibilidade, ela questiona a ideia da “desordem química cerebral” como explicação universal e defende que a mente é formada por uma trama de fatores biológicos, psicológicos, culturais e sociais. O resultado é um livro que desafia certezas e propõe uma pergunta essencial: até que ponto somos definidos pelas histórias que contamos — ou que nos contam — sobre quem somos?