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Crescer é, muitas vezes, aprender a dizer adeus — à infância, à família, às dores que já não cabem mais.
No segundo romance de Aline Bei, acompanhamos a história de Júlia, uma adolescente que carrega no corpo e na alma as marcas de uma família desfeita. Filha de pais ausentes e violentos, ela tenta sobreviver às ausências e construir algum tipo de amor próprio entre silêncios, gritos e palavras ditas pela metade.
Com sua prosa-poema característica, Aline nos conduz por uma jornada íntima, fragmentada, sensível — como é o próprio processo de amadurecimento. Júlia cresce, tenta amar, tenta esquecer, tenta encontrar abrigo no mundo e em si mesma. E, ao longo desse percurso, somos levadas a revisitar nossas próprias cicatrizes.